terça-feira, 27 de novembro de 2007

Possível possibilidade

A dificuldade de acreditar no outro não é só nos dias de hoje, sempre existiu e vai continuar existindo por muito tempo, se nós não transformarmos o quase impossível, numa possível possibilidade. Eu acho difícil pra mim ainda aceitar o diferente, é mais fácil conviver com quem está do nosso lado, ao nosso alcance, mas a minha busca diária é descobrir no estranho, uma forma de ampliar meus horizontes, aceitando o que não é fácil para mim, porque talvez a necessidade do outro seja só um pouco de carinho, de amor, ou um mínimo de atenção, mas se eu não der um passo nessa direção, nunca saberei. É um desafio, parece utopia, sonho, ou jogo de palavras bonitas, mas deve ser muito gratificante quando a gente consegue, não vencer, mas conquistar o adversário.

sábado, 24 de novembro de 2007

O mal de "Osamas"

O Jornal Nacional é o noticiário de TV mas assistido no Brasil. Tamanha é a sua fama que todos os outros, mesmo com nomes diferentes, são chamados de Jornal Nacional, não importa se é da Band, do SBT, ou outra emissora qualquer.

No dia seguinte, nas ruas, nos bares, escolas ou no trabalho, o comentário quase sempre começa assim:

- Você viu aquela notícia que passou ontem no Jornal Nacional?

Em qualquer cidadezinha deste país que tenha uma TV passou a ser quase unanimidade a obrigação de estar bem informado através deste jornal da Globo, em qualquer canal. Virou referência para comentários, discussões, debates e até motivo de brigas entre casais.

- Tudo começou assim, Delegado, cheguei cansado do trabalho e minha mulher começou a discutir comingo, não me deixando ver em paz o Jornal Nacional, então me exaltei e parti para a agressão física.

Um fato comovente, um crime violento, um desastre, uma catástrofe que aconteça em qualquer lugar, já é motivo para esperar a noite, na certeza de que "isso vai dar no jornal das oito".

Diante da constatação exposta da popularidade que esta rede de TV conquistou no país, concluo, com a minha opinião, que a a maioria dos brasileiros são teleconduzidos por um grupo de pessoas, com poderes de transformar a realidade cultural, social e política de um povo, conduzindo-os a uma direção do interesse de uma determinada elite, bastando para tal manipular a informação, se dela for esse o desejo.

A Globo, devido a sua enorme audiência, tem competência para contribuir na construção de um país mais justo, mais democrático, mais humano e até mais alfabetizado. Ela pode ser o termômetro de mudanças nos rumos desta nação, se for do interesse dela, e eu só falei do Jornal Nacional, mas tem ainda com a mesma força, as novelas, seus programas de variedades, shows, e suas transmissões exclusivas.

Nosso povo, na sua grande maioria, não tem discernimento para enxergar o que ouve e vê, assumindo logo como verdadeiro o modo e o jeito como recebe a informação. Este cérebro coletivo não tem ainda um controle remoto para captar outras fontes de dados, vê-los, confrontá-los, avaliá-los e só depois formatar a sua decisão.

Se a educação nas escolas não partir para uma "guerra" contra esse monopólio formando cidadãos inteligentes e críticos, coisa que não é do interesse de muitos governantes, continuareamos, por muito tempo ainda, convivendo aceitando as diretrizes propostas por esse meio de comunicação, que com certeza não é o melhor para o nosso povo, na sua maioria.

E por que o título Mal de "Osamas"?

É só pra dizer que um ataque pode acontecer de repente, num momento qualquer, em hora programada, com objetivos pré-estabelecidos, dependendo somente de um grupo de pessoas fazendo o jogo de uma pequena minoria privilegiada.

domingo, 11 de novembro de 2007

Vigiai e Orai com Clock

Seria tão bom se tivéssemos um clock, como no computador, ao lado do coração ou do cérebro, sei lá, não importa em qual parte do corpo ele ficaria, mas que funcionasse semelhante ao principio básico de transmissão de dados entre CPU e as memórias do PC. Não sei se estou falando bobagens, mas eu li que a cada grupo, em código binário, de sinais 0 e 1, que transitam entre esses componentes é emitido um pulso do clock avisando que a mensagem chegou ao destino e que está aguardando os próximos bytes. O computador ao ser ligado, fica ativo só esperando dados.

Como funcionaria esse clock em nós? Muito simples, toda vez que estívéssemos no ponto de cometer uma besteira, ou atitude anti-cristã, receberíamos um choque, ou outra forma qualquer de aviso, para evitar que fossemos adiante nesta acão. Ah! tem mais um detalhe, o choque ou sinal deveria incomodar até que a decisão de não fazer a "burrada" fosse controlada a tempo. Talvez assim o "vigiai e orai" funcionasse de verdade porque ninguém gosta de se sentir incomodado. O "clock" seria o aviso de que algo não está correto.

Pronto, estaria resolvido todos os problemas da humanidade em termos de maldade, desumanidade, descaso, corrupção, abusos, preconceitos, desamor, ódio e por aí afora. Confesso que não sou um leitor frequente da Bíblia mas conheço muita gente que a estuda, sabe capítulos e versículos de cor, e até fazem pregações, evangelizam pessoas em nome da Palavra de Deus, aconselham, oram diariamente, só se esquecem de um detalhe, que a meu ver é o mais importante, vigiar certos atos e atitudes que cometem, mesmo sabendo que não está em conformidade com a enfase de sua pregação.