terça-feira, 31 de março de 2009

Acredite, mesmo não acreditando

     Eu sou daqueles que lê a Bíblia e questiona. Busco lógicas para explicar tudo, sempre com uma visão de desconfiança. Vejo muitas contradições nos fatos narrados ali. Ao longo dos anos aprendi a ver os fatos a luz da razão, porque o coração não pensa. Disso eu tenho certeza, quem pensa é o cérebro. Nos textos que lemos encontramos também situações e acontecimentos inexplicáveis. Poderia até citar alguns, mas não importa, esse não é motivo principal desta postagem.
     "Amar a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo". Ao ler esta frase, eu percebi o tanto quanto fui mal pra mim, porque ao escrevê-la de outra forma, senti a proximidade de Deus, que sempre esteve comigo. Amar a teu próximo como a ti mesmo é amar a Deus sobre todas as coisas. Desse jeito, mesmo não acreditando nos textos escritos pelos meus antepassados, cheguei a conclusão que não respeitei os limites, o tempo, o momento, a época, os sentimentos, a visão e as experiências vividas por um ser humano igual a mim.         Seja qual for a interpretação que eu tenha tentado dar para o pouco que li sobre a Palavra de Deus, é visivel a falta de amor que tenho por mim e pelos os outros. Deixando de lado o "amar a Deus sobre todas a coisas" me resta somente "amar ao meu próximo como a mim mesmo", e se eu negar esta afirmação, estarei duvidando até de mim. Se hoje eu penso e até consigo escrever, é porque aprendi por intermédio de alguém, seja através de palavras, de textos, na escola, e assim por diante. Alguém sempre esteve próximo de mim, nisso eu acredito, não é diferente pra ninguém. Tudo isso é Deus, que nos ama sobre todas as coisas, até não acreditando. 
      O que restaria de mim ao não admitir essa verdade absoluta, talvez um ser de outro planeta, um extra terrestre, um ninguém? Questionar não é um defeito, é uma virtude que deve me aproximar mais do meu irmão, respeitar o que foi dito, que foi visto, o que foi vivido e o que foi narrado por ele, em qualquer época. Não é possível viver sem essas experiências, sem esses ensinamentos, porque seria o mesmo que viver sem Deus, o que é impossível.

sábado, 28 de março de 2009

Jesus é o fim

        Digamos que eu tenha entendido profundamente a passagem bíblica lida naquele momento. Concordei com todas as palavras e nada encontrei que eu pudesse duvidar. Verdade absoluta. Senti vergonha ao constatar que estava tão distante da mensagem que captei do autor daquelas palavras. Que fazer da minha vida agora ao saber que estava agindo errado, pois não posso negar o que  entendi?
       Negar o que fui, antes do texto, é impossível, eu já fui. Tentar fazer agora como estava escrito  é possível? Claro que é, mas por onde começar? Com toda certeza alguém irá dizer: - faça conforme você leu. É o mais coerente, mais sensato, até porque se erramos, e nos certificamos disso, a próxima ação é a correção do erro.
     De nada adianta uma mudança de atitude se não a sentimos como fato consumado, como definitiva, a ponto de não nos reconhecermos no que fomos, antes dessa nova leitura de vida. Lembrar? Nem pensar. O que fui, já foi, hoje não sou mais. E tenho que me sentir assim, antes de agir. Tenho que me cobrar a cada segundo o que serei, deste momento em diante. 
                     Jesus é o fim e eu só estou começando.