sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Bendito Morrinho

São mais ou menos 10 horas da manhã, estou iniciando a subida do “bendito" morrinho, de bicicleta, que me conduzirá a escola, onde trabalho. É um atalho que me leva mais rápido ao meu destino todos os dias, exceto aos sábados e domingos. Eu tenho outras opções para o mesmo objetivo, mas esta, apesar deste obstáculo é a mais viável, e mais rápida, e com sol e chuva, já me habituei, e não concebo a idéia de mudar de itinerário, pois para isso eu teria que andar mais na bicicleta ou fazer uso de 2 ônibus, que implicaria em dois inconvenientes: cansar-me ainda mais devido a distância que aumenta ou ter que gastar um dinheiro, que certamente me faria falta no fim do mês.
Mas, no mesmo tempo que penso no meu “drama” diário, enquanto estou subindo, fico imaginando aqueles trabalhadores, que acordam bem cedinho, quase sempre arrancados bruscamente da cama quentinha e macia, para iniciar a sua rotina, que lhes garantirá com dificuldade o pão de cada dia. Já passei por isso, a demora na espera do ônibus, superlotação, engarrafamentos, desvios de rota para se livrar do trânsito tumultuado, e o motorista faz isso pensando que só ele teve essa idéia, xingamentos, irritações, são algumas, que lembro no momento, das dificuldades que o trabalhador enfrenta nas grandes cidades, como o Rio de Janeiro, no seu cotidiano.
Já estou chegando ao ponto mais alto do morrinho, e daqui a pouco me sentirei aliviado porque depois é só decida, e para baixo todos os santos ajudam. E a partir desse instante é que páro para refletir o quanto sou ingrato com a vida que levo como funcionário do Estado. Apesar do salário, principal problema de todo mundo que trabalha, tenho que admitir que seja um privilegiado. Aliás, eu não conheço ninguém que não reclame do que ganha, seja salário mínimo ou honorários, nome bonito e pomposo que os ricos chamam o pagamento que recebem, fazendo às vezes quase nada por merecê-lo, e mesmo assim não acham justo.
Já não preciso segurar o freio, estou num nível mais plano que depende somente das minhas pedaladas, daqui para frente é moleza. De repente me vem uma pergunta: Será que aquele trabalhador que acordou as seis da manhã já chegou no seu trabalho? É, porque isso já aconteceu comigo, sair bem cedinho, pegar um tremendo engarrafamento, o ônibus enguiçar, ter que pegar outro, e mais tráfego ruim... Um dia saí às seis da manhã e cheguei as dez,
Depois de 15 minutos de pedaladas chego finalmente a escola onde trabalho, são e salvo, e sinceramente, nem um pouco cansado. BENDITO morrinho!
Gilson

sábado, 25 de novembro de 2006

Em uma reunião

Essa semana, de 19 a 25 de novembro, algo me fez refletir muito sobre a Verdade (destaco em negrito, iniciando com letra maiúscula por me referir as Palavras e Ações de Jesus Cristo). Sinceramente me senti deprimido ao perceber o quanto estou distante dela. Mais ainda, notei que nesta reunião todos a entende com bastante clareza, porque davam opiniões, com palavras diferentes mas com o mesmo sentido, de trechos da Escritura Sagrada. Naquele momento tudo que era dito pelas pessoas ali presente concordava com uma convivência de irmãos em Cristo, pra ser bem claro, era a vida que Cristo mostrou que devia ser vivida na curta trajetória que teve como homem comum, conforme seus discípulos narram nos Livros Sagrados. Ao afirmarmos que Ele foi um homem igual a nós não estaríamos sendo pretenciosos? Será que acreditamos mesmo no que lemos sobre a sua passagem entre nós, quando comentamos seus gestos, suas atitudes, suas decisões, sua morte para nos salvar, enfim, eu tenho muitas dúvidas, porque a boca pode dizer o que pensamos mas não o que fazemos, e é nesse ponto que senti uma profunda depressão. Pensando nisso eu me perguntei: Será que eu pretendo mesmo ser um, no mínimo, seguidor de Cristo, pois para Apóstolo Dele já considero um caminho inatingível.
Finda a reunião, todos voltam para suas casas. Eu saí dali pensando assim, será que devo me preocupar ou questionar o que saíram pensando os outros? Ou eu devo viver a minha vida independente dos meus irmãos, se é assim que nos consideramos? Eu tinha vontade de falar para um deles como foi mentirosa sua opinião sobre aquele assunto, porque o que ele disse não reflete o seu comportamento real, como cristão. Será que eu estaria sendo estúpido, ignorante, anti-cristão, desumano, ou eu sou o que penso dele?
Reparem que não estou afirmando nada. Pretendo continuar com esta reflexão, porque preciso de ajuda, isso é a única coisa que tenho certeza.
Perdão Senhor, tantos erros cometi
Perdão Senhor, tantas vezes me omiti..
Comentem, obrigado.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Evancatolizando

Igreja, na minha opinião, é um local de encontro espiritual com Deus, depois com as pessoas para praticarmos os ensinamentos Dele. A forma que isto é feito pode variar, de igreja para igreja, o que não pode faltar é esse encontro, a verdade, a caridade, o amor, a doação e o respeito. Tudo é válido desde que não constranja, nem desrespeite o irmão. A emoção é natural do ser humano, só não deve sufocar ou diminuir o outro, nem nos afastar da realidade. Enfim Deus é um só, entendido, louvado e seguido por uma só igreja, com várias denominacões, com maneiras e costumes diferentes, onde se reunem pessoas para ouvir e viver a Palavra de Deus. Nossos diferentes métodos de louvar só incomodam quem ainda não entendeu que Deus é o mesmo para todos, ou por interesse daqueles lideres que trabalham as divergências em proveito próprio. Frequento e participo da Igreja Católica, mas poderia estar numa igreja evangélica ou outra qualquer de Deus, onde eu me adaptasse ao jeito humano de ser. Por fim não sou católico nem evangélico, procuro ser CRISTÃO. Não aponto nenhuma religião como certa, nem totalmente errada, vejo diferentes formas de práticas religiosas, mas é evidente que existem os manipuladores da fé que se apossam e usam das fragilidades que todo ser humano tem para conduzí-lo na direção de seus interesses, as vezes até por ignorância ou esperteza, devido a sua habilidade, técnica ou carisma. Felizmente existem pessoas como você, que acredita nesse verdadeiro amor, que não vê diferenças, nem cor, nem raça, nem inteligência, nem crença, nem religião, etc... E é pra você que pensa e age assim , que desejo fazer este blog.
Evancatolizando é uma palavra que "pintou" na minha cabeça, no momento de escolher um título para o meu blog, que pode significar também "Evan-universualizar", ou seja, tornar universal e única a palavra de Deus, com todas as diferenças típicas do ser humano, mas com um sentido cristão igual pra todos.
Gilson -----------------------------------------------------------------------------------------------
OBS.: É muito comum o trânsito de textos na Internet e por esse motivo eu gostaria de deixar claro, que quando o mesmo não for de minha autoria, ao publicá-lo farei questão de informar.